terça-feira, 27 de abril de 2010

Smoke on the water

Hoje, quando me preparava para ir dormir, senti um cheiro de queimado no ar.
Cheirei o computador - não era. Cheirei o ventilador - também não. Fui para a janela do quarto, e lá fora há um incêndio no terreno no final da minha rua. Um caminhão do Corpo de Bombeiros já está lá, e dois homens descem do caminhão e se preparam para combater o fogo. Enquanto isso, um cavalinho branco dorme no mesmo terreno, em frente ao meu prédio, com uma das patas dobrada, como se fosse dar um passo. Nem percebeu a fumaça.
Os bombeiros começam a jogar água no matagal, a fumaça aumenta. Vou para a sacada, quero ver o que exatamente está em chamas.
Acho que a fumaça acordou o cavalinho, que dá umas mastigadas no matinho que está bem na sua frente.
Quase quinze minutos de combate, os bombeiros conseguem apagar o incêndio... quem será que colocou fogo ali, bem ao lado dos tapumes de um prédio em construção? Já pensou se todo o entulho que está no terreno também pegasse fogo? Provavelmente eu teria que pegar as gatas e ir dormir em algum hotel - que aceitasse animais, claro. Eu queria que cada infeliz que jogou entulho no terreno tivesse que vir apagar o incêndio, talvez assim não jogassem mais lixo no lugar errado.
Fim da ocorrência. Incêndio combatido, bombeiros verificam o local para averiguar se não há nenhum outro foco. O cavalinho dorme novamente. Minha casa cheira a fumaça.
Num dia com tantas surpresas, a noite não poderia ser normal.

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